Durante a república, formou com Marco António e Lépido o segundo Triunvirato. Opôs-se à aliança de Marco António com Cleópatra e derrotou as tropas da rainha egípcia em Ácio, no ano de 31 a.C.. Como imperador (desde 27 a.C.), Augusto reformou o governo do império, o exército, os serviços públicos romanos e foi patrono das artes. O período do seu governo ficou conhecido como século de Augusto.
Era filho de um senador e de uma sobrinha de Júlio César, de quem se tornou filho adoptivo e seu principal herdeiro. Depois do assassínio de César, Octaviano, de parceria com Marco António e Lépido, formou o segundo Triunvirato, que tripartiu o mundo romano. A vitória de António sobre Bruto e Cássio, em 42 a.C., pôs fim à república. Entretanto, Marco António enamorou-se por Cleópatra, com quem passava a maior parte do seu tempo em Alexandria, enquanto Octaviano consolidava as suas possessões na zona oeste do domínio romano. O facto contribuiu para o activar dos desentendimentos entre ambos. Declarada guerra a Cleópatra, a vitória naval em Ácio favoreceu a supremacia indiscutível de Octaviano, Lépido tinha sido forçado a retirar-se.
De regresso a Roma, em 29 a.C., Octaviano foi nomeado príncipe do senado, e, em 27 a.C., foi-lhe atribuído o título de Augusto («venerável»), após o que resignou aos seus poderes extraordinários, recebendo, por permuta do senado, o comando proconsular, que lhe facultou o controlo do exército e o poder tribunício, pelo qual podia iniciar ou vetar legislação. Para o seu programa de reformas, Augusto contou com o apoio de três leais e competentes colaboradores, Agripa, Mecenas e a sua mulher, Lívia. Entretanto, a nível cultural, Virgílio e Horácio actuavam como os poetas laureados do novo regime.
Com o fluir do tempo e sob o império de Augusto, as fronteiras encontravam-se firmemente estabelecidas: a norte, os aliados bátavas mantinham o delta do Reno e a linha que seguia o curso do Reno e do Danúbio; a leste, a amizade com os partos e o Eufrates garantiam a segunda linha de fronteira; a sul, as colónias
africanas estavam protegidas pelo deserto; e a oeste, encontrava-se a Hispânia e a Gália. As províncias eram governadas, quer por legados imperiais responsáveis perante os príncipes, quer por procônsules nomeados pelo senado. O exército transformou-se numa profissão remunerada e de serviços duradouros e foi também estabelecida uma frota permanente. Para além disso a própria cidade de Roma foi dotada de infra-estruturas que garantiram o desenvolvimento cívico e social da sua população, tais como: uma rede de fornecimento de água, uma brigada anti-incêndio, uma força policial e um grande número de edifícios públicos.
Os anos que se seguiram a 12 a.C. ficaram marcados por uma sucessão de escândalos privados e públicos; o casamento de Júlia, filha de Augusto, com Tibério, seu enteado, revelou-se desastroso; em 6 d.C. ocorreu uma grave revolta em Panónia; em 9 d.C., foram aniquiladas três legiões, comandadas por Varo,
na floresta Teutoburg, na Alemanha. Augusto assegurou a estabilidade do império ao entregar os seus poderes, intactos, ao seu sucessor Tibério.
Filme Augustus - O Primeiro Imperador
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